sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Perfeito Louvor


Numa tarde cinzenta, várias crianças brincam no parque. Correm ao vento, soltam pipa, chutam bola, fazem piquenique... Não se preocupam com o amanhã1 nem com a marca da roupa que sujam2. Não se importam com o dinheiro que lhes falta3 nem com a cor da pele do amigo da gangorra4. Um desses amigos, noutros tempos, foi o querido Jesus, que assim dizia:
Deixai vir a mim os pequeninos; não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus5. Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus6.

Por que o Mestre da Vida falou essas palavras? O que têm os pequeninos que deixamos para trás?
Eles têm sinceridade7. Quando não gostam de algo, não mentem. Quando gostam, demonstram. Quando se entregam8, a entrega é real, verdadeira, completa. Eles não têm vergonha de chorar, de dizer “que lindo!”, de reconhecer “não sei!”... As crianças queriam ver Jesus, se achegar a Ele... Provavelmente O abraçariam, O interrogariam, O acarinhariam. É o que deveríamos fazer – com sinceridade de coração9.
Eles têm simplicidade10. Sentam no chão, tiram o sapato, andam descalços... Não precisam de muito para serem felizes. Nem de medalhas ou títulos para se sentirem bem11. O conhecimento, tal como os brinquedos, são repartidos12, não guardados no baú da ganância. É o que deveríamos fazer – com simplicidade de coração13.
Eles têm confiança14. Se o pai está embaixo, pulam do alto sem medo, pois sabem que serão acolhidos15. Se a mãe indica o caminho, seguem por ela até de olhos fechados16. Sabem que são limitados17. Gostam de ser dependentes18. É o que deveríamos fazer – com confiança no coração19.
Eles têm pureza20. Um sorriso é uma expressão de alegria, não de ironia ou sarcasmo. O amiguinho do sexo oposto é um amigo de verdade, não um objeto de lascívia21. Quando oferecem a mão22, a intenção é a primeira, não a segunda. É o que deveríamos fazer – com pureza no coração23.
Eles têm amor24. Um amor fiel25, não descartável como as paixões que nutrimos e jogamos fora. Um amor compassivo26, sempre pronto a abdicar o seu tempo e as suas energias para ser útil. Um amor real27, sem fingimentos, interesses ou parcialidades.
Desse amor profundo, nasce um coração que nunca abandonará o Seu Deus28.

Desse coração, nasce o louvor mais sincero, simples, confiante e puro que existe29. Brota um louvor – expressão cantada do coração do Salvador30!


                                   Pablo Bernardes

Referências bíblicas que embasam o texto:

1) Mateus 6.34; Filipenses 4.6
2) Mateus 6.28-30
3) Mateus 6.19-21
4) Mateus 7.1
5) Marcos 10.14
6) Mateus 18.3
7) Salmos 51.6a e 145.18; Efésios 4.25
8) Salmo 37.5
9) Salmo 25.21; Hebreus 10.22a
10) Salmo 19.7; Mateus 10.16c
11) Provérbios 29.23; Mateus 18.4; 1 Pedro 5.5
12) Isaías 58.7; Lucas 3.11
13) Salmo 116.6a; Mateus 11.25
14) Salmo 118.8; Provérbios 28.26a e 29.25b
15)  Salmos 9.10 e 34.4
16)  Salmo 139.23-24; Provérbios 3.6 e 10.29
17)  Salmos 8.3-4 e 103.14
18)  Salmos 60.11 e 62.7
19)  Salmo 119.9; 1 Timóteo 4.12
20)  Mateus 5.28
21)  Salmos 40.1 e 17; 68.19
22)  Provérbios 17.17; Mateus 22.39
23)  Salmos 40.4a e 71.5
24) 2 Timóteo 2.13
25) Salmo 86.5; Efésios 4.32
26) 1 Coríntios 13.4-7; 1 João 3.18
27) Salmo 51.10
28) Provérbios 22.6
29) Mateus 21.16b
30) Marcos 9.37a; Marcos 10.16

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