domingo, 28 de outubro de 2012

Pai Nosso


Pai Nosso1 que estás nos céus, santificado seja o Teu nome nas nossas vidas: no nosso agir, no nosso falar, no nosso pensar2... Sim, que o Teu nome seja exaltado em cada fôlego nosso!3

Venha o Teu reino... Um reino de bondade, justiça, verdade, misericórdia, perdão, amor4...

Seja feita a Tua vontade, não a nossa5. Porque Tu conheces todas as coisas6 – até o futuro7 e o nosso interior8 – e sabes o que é melhor para cada um9, assim na Terra como no Céu;

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, tanto o que sustenta o nosso corpo10, quanto o que alimenta a nossa alma11...

E perdoa-nos as nossas ofensas – são tantas, SENHOR12! –, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, pois o perdão é uma expressão do nosso amor a Ti13; da nossa gratidão pelo preço que pagaste por nós naquela cruz14!

E não nos deixes cair em tentação, porque isso mancha a nossa comunhão com o SENHOR15 e nos impede de desfrutarmos o Teu maravilhoso carinho...

Mas livra-nos do mal, a fim de que vivamos para o Teu louvor16!

Pois Teu é o reino, o poder e a glória... a honra17, a sabedoria18 e a salvação19... para sempre,

Amém!

  
                                     Pablo Bernardes




Referências bíblicas que embasam o texto:

1) Mateus 6.9-13; Lucas 11.2-4
2) Filipenses 4.8; 1 Tessalonicenses 5.23
3) Colossenses 3.17; 1 Pedro 4.11
4) Mateus 5 a 7
5) Salmos 25.4-5 e 143.10
6) Hebreus 4.13
7) Apocalipse 1.1 e 19
8) Salmos 139.1-4 e 44.21; 1 Reis 8:39
9) Salmos 31.3 e 119.105; Jeremias 29.11
10) Mateus 6.31-33
11) Mateus 4.4; 2 Timóteo 3.16-17; João 4.34
12) Salmo 51.3; Isaías 59.12
13) Lucas 7.47; Colossenses 3.12-14
14) Efésios 4.32
15) 1 João 1.6-7; 1 Coríntios 1.4-9
16) Salmo 34.1; Hebreus 13.15
17) Apocalipse 7.12; 1 Timóteo 1.17
18) Apocalipse 7.12; Provérbios 1.7a
19) Apocalipse 7.10; Salmo 3.8

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Mais Bela Canção da História

       
       Enfim, chega o dia: aquela sexta-feira1! Por séculos anunciada2... A todas as gerações prometida... O palco está montado e preparado.

        O Maestro – Deus3. O Executor da canção – Seu Filho4. A plateia, nós – a humanidade5.

        O Filho entra: Seu semblante é triste, de muito sofrer6. Homem que sabe o que é padecer7. Fita a plateia, mas guarda silêncio8.

        O Maestro, que sempre esteve a postos, faz os primeiros movimentos com as mãos. O Filho Lhe obedece9, vibrando as cordas do violino.

        A música é triste, muito triste... mas bela, tão bela! Apesar disso, alguns da plateia zombam do Músico10. Outros O observam atônitos! Vários choram11...

         A canção persiste e vai ganhando notas cada vez mais agudas. O esforço de Quem toca é exaustivo! Sua fisionomia, decaída12...

            
         Sem parar de tocar, pede água13. Então alguém encosta uma esponja com vinho e fel na Sua boca, para lhe diminuir o sofrimento14. Mas o Músico rejeita aquela mistura15.

        A melodia continua... firme e penetrante! Muitos nessa hora conversam, brincam com os seus celulares, contam histórias e piadas... Alguns, usam a solenidade para namorar ou fechar negócios de trabalho. Outros, que esperavam um espetáculo diferente, insultam o Músico16 e saem do teatro.

            Mesmo irado com tamanho descaso, o Maestro continua a reger o Violinista, que, nesse instante, olha para Ele e pede com as notas que toca: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem17.”

          Vários compassos seguem, e o Violinista vai perdendo as forças... Sua concentração é admirável. Seu sacrifício também18. Em nenhum momento, tira os olhos do Maestro. Em nenhum instante, foge das notas que estão na partitura. Sua obediência é perfeita19!

           Minutos depois, o Dono do violino grita algumas palavras20, abaixa a cabeça devagar e fecha os olhos. Sua respiração se fragiliza... até cessar21. A plateia se cala de repente! As luzes do teatro escurecem de uma vez22!

           Assustadas, as pessoas se levantam e se retiram, reclamando23... Um dos chefes da segurança, vendo o que aconteceu conclui: “verdadeiramente este homem é o Violinista prometido24!” Depois vai embora. Ficam ali no teatro apenas o Filho, sem vida, e o Maestro, ainda regendo a canção que não terminou...

         *          *          *          *          *

         Manhã de domingo25. A madrugada cede seu trono ao Sol. As mãos do Maestro se movimentam, mas a música, que era triste, agora é incrivelmente alegre, forte, melodiosa! Parece uma sinfonia!

        Alguns conseguem ouvi-la... E voltam ao teatro, onde choram de emoção! Mas quando reencontram o Violinista...

      Ah!! Como se alegram26! E tocam Nele27! E gritam jubilosos: “Onde está, ó morte, a tua vitória28? O Meu Redentor vive29!”

            
        Essa foi a canção do Calvário30! Regida pelo Criador31! Executada por e em Jesus32! Uma canção prometida durante séculos33! E composta pelo Maestro Deus para o público homem34!

          Essa foi a canção do Amor Maior35! A mais triste! A mais incrível! Muda a vida de quem a compreende36! Dá vida a quem a recebe37! Por isso, essa foi também a mais bela canção da História!!

                       

                                         Pablo Bernardes


Referências bíblicas que embasam o texto:

1) Mateus 26.2
2) Gênesis 3.15 e 12.3b; Êxodo 12; Números 21.4-9; Salmo 16.10; Salmo 22; Isaías 53
3) João 3.16 e 5.37
4) João 3.17
5) 1 João 4.14
6) Lucas 22.44
7) Isaías 53.3
8) Isaías 53.7
9) João 6.38 e 5.30
10) Marcos 15.17-19
11) Lucas 23.27-28
12) Isaías 52.14 e 53.2
13) João 19.28
14) Marcos 15.23
15) Mateus 27.34
16) Marcos 15.29-32
17) Lucas 23.34
18) Efésios 5.2
19) Filipenses 2.5-8; Hebreus 5.8
20) Mateus 27.50
21) Lucas 23.46
22) Mateus 27.45; Lucas 23.44
23) Lucas 23.48
24) Mateus 27.54; Marcos 15.39
25) Lucas 24.1; Mateus 28.1
26) João 20.20; Lucas 24.41
27) Lucas 24.39; João 20.27-28
28) 1 Coríntios 15.55
29) Jó 19.25a
30) Lucas 23.33
31) Isaías 53.10
32) Romanos 8.32
33) Romanos 15.8-9; 2 Coríntios 1.20
34) Efésios 2.4-10
35) João 15.13; Romanos 5.8; 1 João 4.9-10
36) João 3.5; 2 Coríntios 5.17
37) Efésios 2.1 e 5; Colossenses 2.13; 1 João 5.11

sábado, 6 de outubro de 2012

Deus e a Minha Língua

            Estava um tumulto naquele reino. Bochichos pra cá e pra lá... pessoas deixando as suas casas... medo e desesperança.
      Também inseguro, o chefe da nação chamou um dos seus conselheiros para uma conversa reservada.
            – O que tem acontecido, afinal? – perguntou.
            – O exército do reino do norte está chegando... Mais de um milhão de soldados. Por causa da sua fraqueza e despreparo, ó rei, tomarão as nossas cidades e queimarão este castelo com todos nós dentro. A população será escravizada por sete anos e sofrerá absurdamente!
            Enraivecido por aquelas palavras, o rei afirmou decidido:
– Você só errou numa coisa: seus dias terminarão agora. – Então o servo foi enforcado.
            Temeroso, o monarca mandou chamar outro conselheiro, que lhe disse assim:
            – O exército do reino do norte está chegando... Mais de um milhão de soldados. Por serem muito fortes e mais numerosos, tomarão as nossas cidades e queimarão este castelo com todos nós dentro. Mas o seu nome, ó rei, será eternizado entre o nosso povo, o qual, após sete anos sob escravidão, será libertado com grande júbilo e viverá em paz.
      Entristecido mas consolado, o rei abraçou este outro servo e cochichou:
– Você está livre para voltar à sua casa. Não precisa mais ficar aqui... Será uma honra morrer por você!

*          *          *          *          *

      Uma mensagem... Duas maneiras de dizê-la... Dois destinos diferentes. Como as nossas palavras têm efeito1! Será que pensamos nisso antes de pôr para fora qualquer ideia ou pensamento2? Será que pensamos nisso antes de responder conforme a nossa sinceridade (ou tolice)3? Será que ser sincero é vomitar tudo o que pensamos4?




A Bíblia relaciona alguns tipos de males que podemos cometer com a língua. Esses males não apenas geram consequências ruins, como desagradam a Deus.

1) Difamação: ato de tirar a boa fama, de falar mal, de ofender a reputação de alguém5.

2) Calúnia: acusação falsa6.

3) Mentira: invenção; afirmação contrária à verdade7.

4) Palavreado Torpe: palavreado obsceno, indecente, sujo8.

5) Murmuração: resmungo; reclamação9.

6) Falsas Promessas: compromisso não cumprido10.

        Difícil? Muito difícil não errarmos com as palavras... Quase impossível filtrarmos tudo o que vamos dizer11.



Qual o segredo então? A Palavra de Deus nos ensina: a raiz está no coração12. 

Sim! Ao direcionarmos o nosso coração para Deus – e isso pode ser feito mergulhando na Sua maravilhosa graça13, entregando-nos à Sua prudente vontade14, praticando os Seus retos preceitos15 –, então Deus encherá esse coração de bondade, de compaixão, de pureza, de fé, de sabedoria, de amor, a tal ponto que tudo isso transbordará pelos nossos lábios16.

Portanto, uma bela maneira de demonstrarmos o nosso amor a Deus e às pessoas é cultivarmos no coração aquilo que é bom, que é justo, que provém do Pai17. Essa plantinha de Deus, em cada tempo, florejará bons perfumes e frutificará doces palavras18!




                               Pablo Bernardes



Referências bíblicas que embasam o texto:

1) Provérbios 18.4a
2) Salmo 141.3; Provérbios 10.19 e 12.18; Mateus 12.36
3) Provérbios 11.9; 17.28 e 18.7
4) Provérbios 13.3; 15.1; 18.2, 13 e 21; 26.4
5) Salmo 15.1-3; Salmo 50.16-20; Tiago 4.11-12
6) Êxodo 23.1 e 7; Provérbios 6.16 e 19; 2 Timóteo 3.1-5; Provérbios 4.24; Êxodo 20.16
7) João 8.44; Colossenses 3.9-10; Provérbios 12.22a
8) Efésios 5.1-4; Colossenses 3.8; Efésios 4.29
9) Números 14.2 e 11; 1 Coríntios 10.10; Êxodo 16.8
10) Provérbios 14.23; Mateus 5.33-37; Tiago 5.12
11) Provérbios 15.28; Tiago 3.2-11
12) Provérbios 4.23; Salmos 86.11 e 119.11; Provérbios 16.23a
13) Efésios 2.8-10; Salmo 63.3
14) Romanos 12.1-2; Filipenses 2.13; Salmo 143.10
15) Salmos 19.7-10 e 119.1-3; 1 Timóteo 4.12
16) Provérbios 10.11; Salmo 84.5-6; Mateus 12.34b
17) Colossenses 3.16-17; Filipenses 4.8
18) Colossenses 4.6; Salmos 19.14 e 40.1-3; Provérbios 15.23, 16.24 e 24.26