Era um tarde de outono.
Assim como as folhas, que caíam tristes das árvores, estava aquele pai. É que
alguém vinha dele se despedir.
– Tem certeza de que
quer ir, meu filho?
– Sim, pai, preciso
conhecer outros mundos... experimentar outras sensações... me aventurar um
pouco... Quero aproveitar a juventude e a vida! Um dia eu volto, não se
preocupe... – disse o filho, decidido.
– Você quem sabe... Mas
nunca se esqueça de que as melhores alegrias não estão lá fora.
Ainda assim, aquele
rapaz, cheio de energia, ideias e ambições, jogou-se no mundo. Provou mulheres,
luxos, vícios... Fez o que seu coração pedia. Sua felicidade foi se ligando aos
prazeres que consumava e, por isso, ele nunca se satisfazia... nunca se
pacificava.
Com o tempo, construiu
um coração cada vez mais solitário, egoísta e hipócrita. Tudo lhe era
descartável: as amizades, os amores, os sentimentos. Até que se cansou e
resolveu voltar.
Quando se aproximava de
casa, ouviu a voz do seu pai, serena, a cantar assim:
"Onde estás, filho meu?
se aqui tudo é teu:os rebanhos, o pão,
esse meu coração!
Aonde vais, meu amor?
Por que buscas a dor,se aqui no teu lar
nada vai te faltar?!"
Então o filho entrou em
casa, envergonhado e arrependido. Fixou os olhos no seu pai, sem ter certeza de
como seria tratado. Mas aquele que verdadeiramente o amava abriu seus braços para
recebê-lo de volta!
A Bíblia nos diz que,
pela fé em Cristo, nos tornamos filhos de Deus1. Como filhos, somos
herdeiros das promessas e da provisão do nosso Pai2.
Esses
braços... ainda estão abertos10!
Pablo Bernardes
Referências bíblicas que
embasam o texto:
1) Gálatas 3.26
2) Romanos 8.173) Lucas 15.13
4) Eclesiastes 1.3 e 2.11
5) Jonas 1.3
6) Lucas 15
7) Salmo 51
8) Jeremias 29.12-13
9) Mateus 20.28; 1 Timóteo 2.5-6
10) João 6.35; 14.1-6
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